Muito tem sido escrito acerca da incidência de transtornos alimentares entre atletas de alto rendimento submetidas a treinamento intenso e a dietas controladas. Isto ocorre na medida em que o esporte se torna exigente com uma série de características específicas criando, além da exigência de performance, um padrão estético que se impõe às suas praticantes, forçando-as a uma adaptação rigorosa. As atletas então, na busca por melhores resultados, ou até por aceitação no grupo se tornam mais propensas a submeter-se a práticas perigosas como a restrição alimentar excessiva ou ao uso de substâncias proibidas.
Estudos comparativos demonstram que os transtornos alimentares são mais recorrentes em atletas, mulheres jovens e relacionados principalmente com as modalidades onde o baixo peso da atleta pode influenciar mais diretamente a sua performance final ou onde os padrões estéticos de magreza ou definição muscular estão mais presentes (Reinking MF, Alexander LE, 2005).
Dados obtidos em pesquisas com outras modalidades demonstram uma prevalência de transtornos alimentares entre atletas do sexo feminino de cerca de 42% em esportes estéticos (ex. ginástica artística, GRD e patinação), de 24% em esportes de endurance (ex. corridas de fundo e triathlon), de 17% em esportes técnicos e de 16% em esportes com bola (Sundgot-Borgen J, Torsteveit MK.2004; Rosen LW, McKeag DB, Hough DO, Curley V. 1986). Estes estudos demonstram a importância do estudo e da compreensão dos transtornos alimentares em esportes de alto rendimento, e do comportamento de suas praticantes diante das exigências cada vez mais duras da competição moderna.
Entre os transtornos alimentares mais comuns podemos citar a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa e o comer compulsivo, transtornos relacionados à imagem corporal e ao comportamento alimentar, variando desde a extrema restrição e controle até o total descontrole, fazendo com que as atletas, que a princípio tem seu comportamento reforçado pela perda de peso ou pelo prazer do descontrole, acabem trazendo sérios prejuízos para sua performance e principalmente para sua saúde.
Estes transtornos também costumam estar associados a características específicas de comportamento como maiores níveis de ansiedade, hostilidade e isolamento e menores níveis de socialização se compararmos mulheres com e sem distúrbios alimentares (Augestad LB, Saether B, Gotestam KG.1999).
A Anorexia Nervosa é caracterizada por uma limitação dietética auto-imposta e padrões bizarros de alimentação com acentuada perda de peso, induzida e mantida pela paciente, associada a um temor intenso de tornar-se obesa (Busse et al, 2004), conseqüências de distorções na imagem corporal, onde a pessoa se percebe gorda independentemente do que vê no espelho ou de dados objetivos como peso e medidas. Ela passa então a recusar alimentos ou escondê-los, na tentativa de perder cada vez mais peso na busca por um ideal inalcançável de corpo.
A Bulimia Nervosa, outro transtorno alimentar comum, embora compartilhe da mesma psicopatologia da Anorexia é mais caracterizada pelo descontrole alimentar com um grande sentimento de culpa associado. Neste caso a pessoa tem episódios irresistíveis de hiperfagia (também chamados de binge), onde pode chegar a consumir até 5000 calorias em uma única refeição e depois, arrependida e culpada pelo grande medo de engordar, provoca vômitos ou se utiliza de laxantes e diuréticos para eliminar o que foi consumido, “tentando neutralizar os efeitos engordativos dos alimentos”, na busca pela reparação de seu comportamento.
O comer compulsivo embora seja um transtorno menos prejudicial à saúde, pelo menos a curto e médio prazo, traz sérias conseqüências quando falamos de atletas de alto rendimento, que necessitam estar no melhor de sua forma física para a prática esportiva. A incapacidade em controlar compulsões e desejos, que normalmente estão relacionados a grandes quantidades de comida, se constituindo em sua maioria por doces e gorduras, acaba favorecendo o aumento de peso, influenciado principalmente pelo acúmulo de gordura corporal, que se por um lado pode favorecer a flutuação das atletas, por outro dificulta a sua mobilidade, prejudica o preparo físico e predispõe a ocorrência de lesões, além de afastá-la dos padrões estéticos e físicos da modalidade.
Diante destes transtornos, se faz necessária uma atenção constante por parte da equipe técnica, pais e atletas, inseridos em modalidades esportivas com tais predisposições, para situações que possam demonstrar a presença destas patologias, facilitando o diálogo e aumentando o apoio e a capacidade de enfrentamento de possíveis dificuldades pelas atletas.
Precisamos, entretanto tomar cuidado ao realizar diagnósticos e distinções uma vez que atletas constituem uma população única e o impacto de fatores como treinamento, padrões alimentares, dietas, restrições calóricas e perfil psicológico devem ser avaliados de forma distinta da população normal (Sundgot-Borgen J, Torstveit MK, Skarderud F. 2004), uma vez que a prática competitiva exige das atletas um esforço real e necessário para obter condições de competir de forma estética e eficiente.
Enfim, para os técnicos é fundamental a atenção para quedas na performance, dificuldade de concentração, isolamento e agressividade das atletas, associadas a importantes perdas de peso, favorecendo um diálogo compreensivo, no sentido de oferecer apoio e favorecer o diálogo no enfrentamento dos problemas, além de discutir com os pais da atleta acerca de possíveis preocupações.
Para os pais é importante notar mudanças no padrão alimentar, preocupação excessiva com o peso, perda acentuada de peso, isolamento e sintomas depressivos e de hostilidade, e buscar o apoio de um profissional especializado, ou de programas específicos para que o tratamento possa ser mais adequado.
Estudos comparativos demonstram que os transtornos alimentares são mais recorrentes em atletas, mulheres jovens e relacionados principalmente com as modalidades onde o baixo peso da atleta pode influenciar mais diretamente a sua performance final ou onde os padrões estéticos de magreza ou definição muscular estão mais presentes (Reinking MF, Alexander LE, 2005).
Dados obtidos em pesquisas com outras modalidades demonstram uma prevalência de transtornos alimentares entre atletas do sexo feminino de cerca de 42% em esportes estéticos (ex. ginástica artística, GRD e patinação), de 24% em esportes de endurance (ex. corridas de fundo e triathlon), de 17% em esportes técnicos e de 16% em esportes com bola (Sundgot-Borgen J, Torsteveit MK.2004; Rosen LW, McKeag DB, Hough DO, Curley V. 1986). Estes estudos demonstram a importância do estudo e da compreensão dos transtornos alimentares em esportes de alto rendimento, e do comportamento de suas praticantes diante das exigências cada vez mais duras da competição moderna.
Entre os transtornos alimentares mais comuns podemos citar a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa e o comer compulsivo, transtornos relacionados à imagem corporal e ao comportamento alimentar, variando desde a extrema restrição e controle até o total descontrole, fazendo com que as atletas, que a princípio tem seu comportamento reforçado pela perda de peso ou pelo prazer do descontrole, acabem trazendo sérios prejuízos para sua performance e principalmente para sua saúde.
Estes transtornos também costumam estar associados a características específicas de comportamento como maiores níveis de ansiedade, hostilidade e isolamento e menores níveis de socialização se compararmos mulheres com e sem distúrbios alimentares (Augestad LB, Saether B, Gotestam KG.1999).
A Anorexia Nervosa é caracterizada por uma limitação dietética auto-imposta e padrões bizarros de alimentação com acentuada perda de peso, induzida e mantida pela paciente, associada a um temor intenso de tornar-se obesa (Busse et al, 2004), conseqüências de distorções na imagem corporal, onde a pessoa se percebe gorda independentemente do que vê no espelho ou de dados objetivos como peso e medidas. Ela passa então a recusar alimentos ou escondê-los, na tentativa de perder cada vez mais peso na busca por um ideal inalcançável de corpo.
A Bulimia Nervosa, outro transtorno alimentar comum, embora compartilhe da mesma psicopatologia da Anorexia é mais caracterizada pelo descontrole alimentar com um grande sentimento de culpa associado. Neste caso a pessoa tem episódios irresistíveis de hiperfagia (também chamados de binge), onde pode chegar a consumir até 5000 calorias em uma única refeição e depois, arrependida e culpada pelo grande medo de engordar, provoca vômitos ou se utiliza de laxantes e diuréticos para eliminar o que foi consumido, “tentando neutralizar os efeitos engordativos dos alimentos”, na busca pela reparação de seu comportamento.
O comer compulsivo embora seja um transtorno menos prejudicial à saúde, pelo menos a curto e médio prazo, traz sérias conseqüências quando falamos de atletas de alto rendimento, que necessitam estar no melhor de sua forma física para a prática esportiva. A incapacidade em controlar compulsões e desejos, que normalmente estão relacionados a grandes quantidades de comida, se constituindo em sua maioria por doces e gorduras, acaba favorecendo o aumento de peso, influenciado principalmente pelo acúmulo de gordura corporal, que se por um lado pode favorecer a flutuação das atletas, por outro dificulta a sua mobilidade, prejudica o preparo físico e predispõe a ocorrência de lesões, além de afastá-la dos padrões estéticos e físicos da modalidade.
Diante destes transtornos, se faz necessária uma atenção constante por parte da equipe técnica, pais e atletas, inseridos em modalidades esportivas com tais predisposições, para situações que possam demonstrar a presença destas patologias, facilitando o diálogo e aumentando o apoio e a capacidade de enfrentamento de possíveis dificuldades pelas atletas.
Precisamos, entretanto tomar cuidado ao realizar diagnósticos e distinções uma vez que atletas constituem uma população única e o impacto de fatores como treinamento, padrões alimentares, dietas, restrições calóricas e perfil psicológico devem ser avaliados de forma distinta da população normal (Sundgot-Borgen J, Torstveit MK, Skarderud F. 2004), uma vez que a prática competitiva exige das atletas um esforço real e necessário para obter condições de competir de forma estética e eficiente.
Enfim, para os técnicos é fundamental a atenção para quedas na performance, dificuldade de concentração, isolamento e agressividade das atletas, associadas a importantes perdas de peso, favorecendo um diálogo compreensivo, no sentido de oferecer apoio e favorecer o diálogo no enfrentamento dos problemas, além de discutir com os pais da atleta acerca de possíveis preocupações.
Para os pais é importante notar mudanças no padrão alimentar, preocupação excessiva com o peso, perda acentuada de peso, isolamento e sintomas depressivos e de hostilidade, e buscar o apoio de um profissional especializado, ou de programas específicos para que o tratamento possa ser mais adequado.
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